Arrigo Barnabé
Ontem, no cemitério
Ela gritou, gritou muito
Quando fecharam o caixão de seu marido
Ficou histé, histé, histé, histérica
Ela gritou, gritou muito
Quando fecharam o caixão de seu marido
Ficou histé, histé, histé, histérica
Blasfemou,
'rancou cabelos
Rogou a Deus que a levasse também
Implorou, rasgou as roupas
Se arrastou gritando entre as estátuas
Rogou a Deus que a levasse também
Implorou, rasgou as roupas
Se arrastou gritando entre as estátuas
Que desespero! Ela tava desesperada
Seu corpo inteiro tava doendo de saudade
Do seu marido... do maridinho adorado
Anoiteceu e ela ficou ali jogada
A soluçar e quando veio a madrugada
Ela saiu e foi até o Riviera
E se entregou a todo homem que encontrou
Hoje, ela só bebe. Nunca esqueceu a sua morte
Vive nos bares e cafés dizendo a todos:
"Ele morreu porque pensou, pensou demais"
E ela grita, e ela blasfema
E roga a Deus que leva todos também
Seu corpo inteiro tava doendo de saudade
Do seu marido... do maridinho adorado
Anoiteceu e ela ficou ali jogada
A soluçar e quando veio a madrugada
Ela saiu e foi até o Riviera
E se entregou a todo homem que encontrou
Hoje, ela só bebe. Nunca esqueceu a sua morte
Vive nos bares e cafés dizendo a todos:
"Ele morreu porque pensou, pensou demais"
E ela grita, e ela blasfema
E roga a Deus que leva todos também
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